quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Como nasceu Pé de Pano

Rudá está costurando no ateliê da mamãe!
A Pé de Pano nasceu a partir de uma agrônoma agroecóloga (eu!) que trabalhou em assentamentos rurais no interior do Ceará com o algodão agroecológico e que, depois do nascimento do primeiro filho, Rudá, não quis mais saber de outra coisa a não ser cuidar da cria e unir mães, pais, bebês e a Natureza em um só ser.
Pé de Pano é o "pé de algodão" que fornece a matéria-prima para confeccionar os produtos.
Do desejo de integrar mães, pais e bebês a sentimentos essenciais para a paz, o amor, a tolerância e a solidariedade, nasceu o sling Pé de Pano, o primeiro produto.
Desde recém-nascido que Rudá desfruta deste momento intenso de aconchego comigo e com o pai e aprende que de atitudes delicadas, do amor e de respeito é o que os bebês precisam desde antes de chegar a este mundo para serem saudáveis.
Rudá se encanta com as cores
 dos tecidos das fraldinhas
Aliado a este imenso carinho, veio a iminente preocupação com o meio ambiente pelo uso de fraldas descartáveis. Comecei pesquisando na net fraldas ecológicas. Adquiri algumas e fui testando no meu bebê. Até que resolvi encarar mais este desafio e fabricar as fraldinhas para que as pessoas daqui de Fortaleza tivessem essa alternativa. Um dos preceitos da Agroecologia é o incentivo às estratégias locais e utilização de recursos da região. Venho aprendendo muito em relação a fabricação desses produtos, pois procuro colocar tudo o que posso dos locais mais próximos sem perder a qualidade. Dessa forma vamos descobrindo a sustentabilidade!

 Falar da Pé de Pano é falar de carinho, amor, solidariedade, e de princípios transformadores para um mundo de paz.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Lista de Chá de Bebê Ecológico


                                                                                                                                                                                           Este é um momento muito importante na vida de um casal e requer muita preparação.  As mamães ecológicas já trazem consigo uma gestação bem nutrida de amor e consciência.

Chá de Fraldas Pé de Pano de Karla Weyne
 Associada a práticas meditativas, à alimentação vegetariana e agroecológica, exercícios, e o parto natural, esperamos transformar o nascimento dos seres em algo mais humano e conectado à natureza. Permanecendo com ações sustentáveis é que sugerimos os produtos na lista a seguir.

Slings Pé de Pano - comprar neste sítio
Fraldas Ecológicas Pé de Pano - comprar neste sítio
Saquinho para guardar as fraldas sujas - comprar neste sítio
Saco para lavar as fraldas na máquina - comprar neste sítio
Livros: Consultório Pediátrico e Homeopatia para todos (comprar em livrarias)
Linha Calêndula Bebê - Weleda (www.weleda .com.br)
Chá da Mamãe Weleda - http://www.weleda.com.br/
Homeopatias: (farmácia homeopática)
Pulsatila 12c
Camomila
Phytolacca

Balde de Banho ou Ofurô (baby center)
Acessórios:
Concha para os seios
Aspirador Nasal
Mamadeira de Vidro 120ml
Fraldas de pano com barra (tipo Cremer)
Jogo de lençol para berço, embora meu pequeno ame dormir de rede e dormiu pouquíssimas vezes no berço dele. Nesse caso, se forem usar a rede, é interessante pedir um mosquiteiro para rede.
Cueiro ou manta para enrolar o bebe
Roupinhas Unisex
Floral Emergencial Rescue - muito importante para as gestantes

Micropore
Óleo de amêndoas ou de copaiba para limpar o bebê
Balde branco com tampa para colocar as fraldinhas sujas
Sabão e amaciante da linha Bio Wash
Banheira com suporte e trocador
Carrinho de bebê para passeio


Coloque o contato da Pé de Pano na sua lista de Chá de Bebê para encomendar fraldinhas ecológicas, slings, saquinhos para guardar fraldas sujas e para lavar as fraldas na máquina de lavar!!!




Maternagem

Venho pensando cada vez mais no sentido de ampliar a maternagem que estou desenvolvendo com meu filho. Ando as voltas dos princípios que gostaria de transmitir. Mais que isso, quero mesmo internalizá-los para que transpareçam com muita naturalidade. Chega do "faça o que eu digo e não o que faço". A nossa sociedade anda doente! Há pessoas que pensam que um bebê pode nos subjugar só porque dedicamos nosso tempo a eles. Pensam que a construção da autoconfiança e da auto-suficiência vem com o abandono.  Deixam chorar no berço, deixam com a babá, acha que tudo é motivo para o bebê ser/estar mimado. Quanto despreparo! Bebês precisam de colo mesmo, de olho no olho, de peito, de carinho, de estar com a mãe e com o pai, de compreensão, de atenção. A palavra é Dedicação! Se ao pensarmos em ter um bebê imaginarmos essa atitude, creio que existiria mais amor e felicidade. Inclusive para enfrentarmos noites acordadas, peitos doloridos ao amamentar.  Ao contrário, as pessoas falam em sacrifício, em abdicar da vida. Dizem: sua vida vai mudar.... E vai mesmo! Mas não como sendo algo ruim. Ninguém diz que crescemos, amadurecemos, aprendemos com esses pequeninos tão logo eles apareçam. Que saímos da nossa posição de criança mimada para a de quem deverá ser referência. Certo mesmo seria se antes deles chegarem já nos preparássemos. E não digo finaceiramente. Os pais devem preparar-se para serem exemplo, serem segurança e serem conforto. Afinal de contas, um filho é para toda a vida e a quem eles irão recorrer num momento de aperreio? À babá? À professora? Não! Aos pais. É na infância que se determina toda a vida. As impressões recebidas na infância nunca se apagam. Por isso a responsabilidade dos adultos é imensa. Preparar-se é ter pensamentos, sentimentos e atitude. É fazer os pais compreenderem que não devem trazer crianças ao mundo para satisfazerem seus instintos de procriação. É preciso que o pensamento, a alma, o espírito participem nesse ato. Por isso digo que estou nesse movimento contínuo do aprender vivendo. Horas errando, mas sempre tentando acertar. Despida de qualquer preconceito. Tentando reinventar o mundo moderno oblíquo aos valores materialistas. É só deixar nosso lado primitivo exceder ao cultural. Afinal, somos mamífer@s!

Olha os frutos da Pé de Pano

A minha primeira venda de fraldinhas foi para a Fabiana Higa com sua Nina. Olha que coisa mais linda!!!!! É muito gratificande poder compartilhar esse momento com vocês, pois descobrir algo que impulsiona nosso prazer já é bom, saber que outras pessoas podem fazer usofruto dele, é ainda melhor!!!!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Fraldas Ecológicas Pé de Pano

Hoje em dia uma das maiores preocupações dos pais com a chegada do bebê é com as fraldas. Perdemos o cultural "Chá de Bebê" para o "moderno"  Chá de fraldas. Isso porque é um dos ítens mais caros do orçamento e que perdurará por, no mínimo, dois anos. Cada bebê gasta em média 5.500 fraldas até seu desfralde. Uns mais, outros menos, mas a questão não é só orçamentária. Além de ser extremamente desconfortável para o bebê, existe o problema ecológico, pois uma fralda demora 500 anos para se decompor.

Pensando no bem-estar do bebê, no bolso dos papais e mamães e no meio ambiente, Pé de Pano está fabricando as fraldinhas ecológicas. São reutilizáveis, com proteção contra vazamentos, com uma camada de tecido semi-impermeável que não fica em contato com o bebê e, portanto, não tem perigo de causar alergias.

Que tal trocar 5.500 fraldas por algumas reutilizáveis? São super graciosas, ajustáveis, com tecidos que absorve o xixi e retém o cocô. Podem ser lavadas na máquina de lavar.

Tabela de preços:
1 fralda: R$ 25,00
5 fraldas: R$ 120,00 = 24,00 (cada)
10 fraldas: R$220,00 = R$ 22,00 (cada)
30 fraldas: R$ 570,00 = R$ 19,00 (cada)
50 fraldas: R$900,00 = R$ 18,00 (cada)


Fraldas ecológicas Pé de Pano recém-nascido

Fraldas ecológicas Pé de Pano recém-nascido e 2 absorventes

Aspectos positivos para usar as fraldinhas ecológicas Pé de Pano
Você sabe o que contém nas fraldas descartáveis para que elas sejam tão absorventes? Existem dois componentes: Um deles é o poliacrilato de sódio seco que é um tipo de pó que ao entrar em contato com o líquido (no caso, xixi) forma uma gelatina. Ele possui a capacidade de absorver 800 vezes o peso dele em água. Para cada 1 g = 800 g de água. Isso dá um intervalo bem grande de trocas de fraldas.
O outro composto é uma espécie de polietileno que é hodrofóbico e, com isso, repele a água.
Com esses dois compostos, as trocas de fraldas ficam bem mais espassadas e isso pode trazer uma série de complicações para o bebê, dentre elas, assaduras.
Se você parar para pensar no valor das fraldas descartáveis, verá que gastará em média, por semana, R$70,00. Isso se seu bebê não for daqueles que fazem bastante xixi e cocô. Fiz os cálculos pelo meu filho, que usa umas 12 fraldas por dia/noite. Ele usa essa quantidade porque eu não deixo que ele fique por muito tempo com a fraldinha suja, pois sabe-se que pode causar assaduras e outras afecções na pele. Se somármos os custos em um mês, chega a R$ 280,00. Em um ano, será gasto mais de R$3.000,00!!!!!!!

Além das fraldinhas ecológicas Pé de Pano serem mais em conta e não prejudicarem o meio ambiente, o próprio bebê começa a desenvolver atenção com seus excrementos, acelerando o processo de desfralde. Ele nota que está sujo e reclama. Com isso, o crescimento emocional torna-se mais maduro. Nenhuma fraldinha Pé de Pano é 100 % impermeável!

Quantas fraldas devo comprar?
Isso é muito variável, pois depende do bebê e também da casa dos pais. Um bebê que faz muito xixi e cocô, solicitará mais trocas e, portanto, deverá ser levado em consideração o espaço de lavagem e secagem das fraldas. Em locais onde as fraldas secam mais rapidamente, pode-se comprar em menor quantidade que em locais onde a secagem é mais demorada.

Outra dica para orientar as mamães em relação à quantidade de fraldas:



Recém nascido (RN): 3 a 4 kg
Pequeno (P): 4 a 8 kg
Médio (M): 8 a 14 kg
Grande (G): 14 a 17 kg



A Pé de Pano confecciona fraldinhas ecológicas em 3 tamanhos: Recém-Nascido, Baby 1 e Baby 2. São eles:








Fralda Pé de Pano tamanho Baby  1
 modelo Pocket - 4 botões ajustavéis em cada lado e botão vertical
2 absorventes

Recém-nascido: até 4 kg                         
Baby 1: 3 a 6 kg
Baby 2: 7 a 14 kg

*As fraldinhas Baby 1 e 2 são confeccionadas com botões verticais que são ajustáveis ao corpinho do bebê; regulando conforme o ganho de peso.









Que materiais são usados para as fraldinhas ecológicas Pé de Pano?
Usamos o tecido de algodão estampadinho ou liso que ficará sendo a parte de fora da fralda + tecido impermeável na parte interna (que não entra em contato com a pele do bebê) + camadas de malha na parte interna 100% algodão (que ficará em contato com o bebê).

Existem 2 tipos de fraldinhas Pé de Pano:
As chamadas AIO (all in one) - São fraldas com 1 camada de impermeável e mais 10 camadas de absorvente que ficam dentro delas e não saem. Esse tipo não necessita de absorventes extras.
As chamadas Pocket (abertas como um bolso) - São fraldas com  1 camada de impermeável + 1 camada de algodão e entre elas existe uma abertura para introduzir os absorventes. Necessitam de absorventes que podem ser aquelas fraldinhas de pano que ganhamos nos chás de bebês. Ou absorventes mais reforçados confeccionados para absorverem mais. A Pé de Pano possui 4 modalidades.

* Todas elas têm ribana nas perninhas. Auxilia contra possíveis vazamentos. O tecido das ribanas é 100% algodão.

Para quê os absorventes?
Os absorventes são uma forcinha a mais para a absorção do xixi. São variados, de acordo com o grau de necessidade de absorção. Como:

Simples: 3 camadas de fraldinhas de algodão em tamanho retangular que, quando dobradas, tornam-se 6 camadas de absorvente.
Básico 1: 3 camadas de flanela (dobradas tornam-se 6)
Básico 2: 2 camadas de flanela + 1 camada de malha (dobradas tornam-se 6)
Básico 3: 2 camadas de flanela + 1 camada de tecido toalha por cima (dobradas tornam-se 6)

Tabela de Preços:
Simples: R$ 3,00
Básico 1: R$ 4,00
Básico 2: R$ 5,00
Básico 3: R$ 6,00



Para encomendas, por favor enviar e-mail para: danimedeiros_4@hotmail.com

Inscrições Corporais

Fui assim...meio que sem saber que bicho ia dar. Achava mesmo que seria transformador. Intuição. Talvez. O que conta é que estava disposta a me entregar. Estou numa fase de querer sentir tudo. Cheguei no local do workshop e estava super emocionada. Encontrei uma pessoa que pra mim se revelou ainda mais especial. Julia é uma mulher e tanto! Em seguida conheci a Claudia. Sabe quando a gente gosta de cara? Começamos. Inscrições corporais. Como fazer um workshop sem saber o que é? Disse na minha apresentação que estava lá porque queria lidar melhor com minhas neuroses, principalmente para não afetar tanto na educação do meu filho. Lembro-me que usei a palavra paz. Queria sair em paz. Claudia disse que não me prometia essa paz, pelo contrário...Olhar para as pessoas, encará-las, passar pelo constrangimento do silêncio. Incômodo. Quantas vezes não nos sentimos incomodadas com dezenas de coisas. O que fazemos? Passamos por cima. Empurramos com a barriga. Diz Cláudia que é nosso bicho viceral sendo achatado pelo bicho cultural. Vivenciamos tantas coisas curiosas. O útero, o nascimento. Encontrei minha criança. Perdi o medo do ridículo. Engatinhei, corri, toquei, fui tocada. Percebi. Me deparei com todas as minhas imperfeições. Sentí viceralmente tudo o que eu tinha engolido e tudo o que me fizeram engolir também. O mais importante foi o sentir. Com isso, achei minha paz. A busca só começou. Obrigada, Cláudia!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

9 meses fora da barriga

Nem acredito quando olho Rudá e lembro que há 9 meses ele estava dentro de mim. Agora está engatinhando tudo, ficando de pé, falando que só (mas na língua dele), e com o primeiro dentinho despontando. Só posso dizer que tudo vale a pena!

domingo, 19 de setembro de 2010

Meu parto

Relato de parto do Rudá (parto domiciliar na piscina)

Às duas e meia da manhã do dia 30 acordei com vontade de ir ao banheiro. Percebi que a calcinha estava rajada de sangue e que saiu mais água que não era xixi. Foi aí que a ficha começou a cair. Abri a porta do banheiro e Filipe me perguntou:
 - Começou? e respondi: - sim!
Ele voltou a dormir. Bem, eu já estava tão empolgada que foi difícil controlar os ânimos.
A primeira pessoa para quem liguei foi para a minha doula, a doce Kelly Brasil. Ela atendeu super bem humorada dizendo assim:
- Parabéns, Dani, Rudá vai nascer hoje! Volte para cama e procure dormir, pois você precisará de muita disposição mais na frente.
Fiquei rolando na cama, sem conseguir pregar o olho. Aqui e acolá vinha uma contraçãozinha besta. Ligamos para nosso amigo Zé Ivo que filmaria o parto, pois nem os equipamentos estavam em casa. Ele avisou que chegaria às cinco e meia da manhã. Às quatro horas me levantei definitivamente e fui tomar meu café-da-manhã. e haja a comer pão, queijo, suco e tudo o que eu tinha direito. Logo em seguida tomei um banho e continuei a esperar. Ivo chegou com a filmadora e ficamos os três na sala conversando miolo de pote, como diz o povo daqui do Ceará. Eu estava super tranquila. As contrações eram super fraquinhas. liguei para a Semírames, enfermeira obstetra e doula, às sete da manhã, quando as contrações começaram a mudar um pouco mais. Parecia que meu corpo estava descrito num manual de parto, pois tudo que tinha no livro acontecia tal e qual. Semírames também me parabenizou e sugeriu que eu fosse caminhar na praia. Em seguida do telefonema, fiquei com muita vontade de ir ao banheiro. Foi uma verdadeira lavagem intestinal. A partir daí não sai mais do meu quarto. Andava de um lado para o outro. Coloquei musiquinhas relaxantes, tentava vocalizar, enfim, curtí este período sozinha. Quis ser bicho em solidão com meu bebê que estava por vir. Em intervalos ia ao banheiro, sentia contração e voltava a andar. Filipe, pacientemente, entrava as vezes no quarto pra perguntar se estava tudo bem e se eu queria alguma coisa. Lhe dizia que estava bem e que queria continuar só. Às nove horas da manhã ligou a obstetra, dra. Bárbara, perguntando como eu estava. Tudo bem, disse eu, voltando a sentir e marcar as contrações. Engraçado que a bolsa não estourou toda de uma vez e isso fazia com que eu molhasse a calcinha e a trocasse de instante em instante. As contrações começavam a se intensificar e eu sentia que estava cada vez mais perto. Minha mãe parece que sentiu isso e me ligou. Pedi para que ela viesse, pois achei que estava na hora de trazer as pessoas para junto de mim para os momentos mais fortes do trabalho de parto. Em seguida vieram Kelly e Semírames. Elas fizeram massagem, fiquei na bola, vocalizei, tomei banho, andei muito. Fiz apenas um exame de toque e estava com três centímetros de dilatação.

Elas levaram a banqueta. Santa banqueta para quem quer fazer força! Ajuda muito!!! Semirames ficou surpresa quando eu já estava sentada na banqueta me espremendo! Pedi para que enchessem a piscina. A partir daí já não reparei mais na hora e perdi a noção do tempo. As contrações se intensificavam, as pessoas cochichavam para não me perturbar e eu estava super concentrada nas minhas sensações. Quando a piscina foi liberada para que eu pudesse entrar senti um alívio. Até então não sabia ao certo onde eu ia escolher parir, embora tivesse o sonho de parir na água. E assim foi. Por três vezes meu bebê coroou e voltou, pois estava com uma circular no pescoço. Dra. bárbara chegou quando meu trabalho de parto estava bem avançado. Até que veio uma contração bem forte, diferente de todas as outras que me fez saber que era nessa que meu bebê nasceria. Às duas e quinze da tarde do dia 30 de novembro de 2009, nasceu Rudá, meu peixinho! Nasceu e veio direto para o meu colo. Chorou que só. A coisa mais linda do mundo. Uma sensação indescritível. Sinto o cheirinho dele até hoje. Depois de um tempo ele parou de chorar e com os olhos bem abertos e curiosos começou a olhar tudo ao redor. Filipe e eu então cantamos a canção que colocávamos para ele escutar na barriga:

..."abre a porta e a janela e vem ver o rudá nascer...eu sou um pássaro que vivo avoando, vivo avoando sem nunca mais parar. ai, ai saudade, não venha me matar..."
a liberdade desse pássaro inundou a nós dois num parto lindo!
Dra Bárbara, Kelly, Semírames, Rudá e Eu

Meu primeiro Dia das Mães

Fiquei muito comovida e alegre com a matéria que saiu no O Povo (09/5/2010)  um caderno todinho com matéria sobre parto humanizado falando de parto domiciliar (o meu), de parto natural, do trabalho das doulas, do problema das cesáreas desnecessárias...
Cada um dos links abaixo, corresponde a uma parte da matéria:

1-Normal e natural - http://opovo.uol.com.br/opovo/cienciaesaude/981067.html

2-Parto da kelly: Uma experiência transcendente - http://opovo.uol.com.br/opovo/cienciaesaude/981060.html

3-Meu parto(Dani Medeiros e Rudá): Parto como era antigamente - http://opovo.uol.com.br/opovo/cienciaesaude/981058.html

4-Cesárea X Parto Normal - http://opovo.uol.com.br/opovo/cienciaesaude/981059.html

5-Cesárea - http://opovo.uol.com.br/opovo/cienciaesaude/981055.html

6-Doulas/Ishtar Fortaleza - http://opovo.uol.com.br/opovo/cienciaesaude/981066.html

7-Doulas - http://opovo.uol.com.br/opovo/cienciaesaude/981053.html

8-Parto - http://opovo.uol.com.br/opovo/cienciaesaude/981054.html

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Slings Pé de Pano


Slings de argola Pé de Pano
Com a proposta de deixar mães e bebês mais próximos, Pé de Pano apresenta alguns slings. As argolas são feitas de alumínio, importadas dos Estados Unidos e não possuem emendas. Existem de três tamanhos de argola dependendo do tamanho dos slings (P, M e G) nas cores: verde, silver, pink, azul e vermelho.


Argolas de alumínio, sem emendas.
Cores: pink, verde, azul, vermelho e silver


Os tecidos são de algodão, confortáveis e frescos. O sling Pé de Pano possui um bolsão para poder guardar alguns objetos extremamente importantes, uma vez que carregar bebês no sling e bolsas à tira-colo não é lá tarefa das mais fáceis.

Quanto ao tamanho, a diferença entre eles é o comprimento da faixa de pano. O modelo padrão Pé de Pano é o G, que significa 2,20 m de comprimento. Porém, se as pessoas forem mais altas ou mais baixas, podem também solicitar tamanhos distintos. Vale lembrar que o sling não depende do tamanho do bebê ou da criança, e sim de quem as carregará.
Os preços variam de R$ 90,00 a R$ 120,00
Sugestões:
Para pessoas com até 1,60 m -  tamanho P
1,60 até 1,70 m - tamanho M
1,70 até 1,80 - tamanho G
acima de 1,80 - tamanho GG


Slings recém-nascidos Pé de Pano
                                                                               
São slings pequenos, peça única, sem argolas. Eles são mais fáceis de manusear, pois é só vestí-los como uma "tipóia" e encaixar o bebê. A parte estampada é acolchoada e é posicionada no ombro.
O sling recém-nascido Pé de Pano custa R$ 60,00

Para encomendas, favor enviar e-mail para : danimedeiros_4@hotmail.com

Algumas estampas para os bolsões em slings lisos de argolas:



















Slings

Conheci o sling procurando informações sobre gestação, parto e bebês na internet. Vi que os bebês ficavam agarradinhos nas mães e com isso o elo entre eles não era interrompido. Pelo contrário, o bebê fica quentinho junto ao corpo da mãe, que é a pessoa mais importante na vida dele, escuta as batidas do coração dela, as quais já escutava dentro da barriga. Dá uma sensação de acolhimento por ser similar ao ventre, onde ele passou nove meses. Além dos benefícios para o bebê, tem também as facilidades para as mães, pois, as duas mãos ficam livres e o peso do bebê distribuído nas costas, não forçando demasiado apenas um lado. Se a gente parar para pensar vai ver que as crianças eram carregadas no colo antes de existirem os carrinhos de bebê ou bebê conforto, principalmente em sociedades primitivas mais afastadas dos grandes centros, como na África e em comunidades indígenas. O sling é, portanto, uma forma de prolongar o contato físico e o carinho durante, pelo menos, o primeiro ano de vida. Usar o sling significa resgatar uma cultura de solidariedade, tolerância e cooperativismo, atitudes e sentimentos tão distantes da nossa vida moderna. Não acham?

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Meu Rudá

Aos três meses de vida ulterina
Foi o primeiro ultrasom que pudemos visualizar o Rudá. Pedimos para grvar e passamos pra todos os amigos e amigas!!!! Ele se mexia tanto... porém, ainda não conseguia sentí-lo, pois estava muito pequenino dentro de mim. Tive a verdadeira sensação aos 5 meses de gestação.

O passar do tempo

Os meses iam passando e minha vontade de devorar livros e videos de parto só aumentava. Michel Odent revolucionou nossa forma de ver o parto (meu marido e minha). Na época ainda era agrônoma (risos). Agrônoma e agroecóloga. "Era"  porque depois que Rudá nasceu, me tornei mãe de corpo, alma e ocupação. Mas ainda sou beem natureba. Como tal, procurei disciplina na alimentação vegetariana, yoga e dança do ventre para gestantes. Sabe aquela frase de fazer revolução nos pequenos atos? Como poderia admitir um parto domiciliar, na água, uma gestação tão bem equilibrada e deixar que meu filho usasse fraldas descartáveis? Naaaão mesmo! Queria a integração e tudo o mais que aproximasse minha cria e eu da Mãe Natureza. Dessa forma, fui adquirindo produtos que mais tarde viriam ser essenciais para mim, não só por causa do bebê, mas para alimentar meu desejo de repassar minhas experiências para outras mamães.

Como tudo começou...

Posso dizer que a gestação mudou minha vida completamente. Comecei buscando informações para realizar um parto o mais natural o possível. Isso já era coisa minha mesmo, bem antiga. Tinha a vontade, e por que não desejo (?), de parir dentro da água. Com esse desejo fixo na cabeça, passei seis meses procurando alguém que topasse a minha loucura. Foi então que encontrei o Grupo Ishtar, organizado por Semírames e Kelly. Depois da primeira reunião neste grupo de apoio ao parto ativo e humanizado que senti um alivio enorme de ter encontrado "loucas" como eu. Meu marido e eu começamos a fazer nosso plano de parto, com auxílio das doulas. Optamos por um parto domiciliar na banheira. Claro que não falamos para quase ninguém, pois, nos dias de hoje, parece até absurdo realizar um parto desta forma. A espera foi grande, a expectativa enorme. Para simbolizar essa minha espera em algo material, comecei a fazer uma manta de lã para o meu primeiro filho, Rudá, Deus do amor em Tupi Guarani. Começava aí um namoro com os trabalhos manuais...