quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Maternagem

Venho pensando cada vez mais no sentido de ampliar a maternagem que estou desenvolvendo com meu filho. Ando as voltas dos princípios que gostaria de transmitir. Mais que isso, quero mesmo internalizá-los para que transpareçam com muita naturalidade. Chega do "faça o que eu digo e não o que faço". A nossa sociedade anda doente! Há pessoas que pensam que um bebê pode nos subjugar só porque dedicamos nosso tempo a eles. Pensam que a construção da autoconfiança e da auto-suficiência vem com o abandono.  Deixam chorar no berço, deixam com a babá, acha que tudo é motivo para o bebê ser/estar mimado. Quanto despreparo! Bebês precisam de colo mesmo, de olho no olho, de peito, de carinho, de estar com a mãe e com o pai, de compreensão, de atenção. A palavra é Dedicação! Se ao pensarmos em ter um bebê imaginarmos essa atitude, creio que existiria mais amor e felicidade. Inclusive para enfrentarmos noites acordadas, peitos doloridos ao amamentar.  Ao contrário, as pessoas falam em sacrifício, em abdicar da vida. Dizem: sua vida vai mudar.... E vai mesmo! Mas não como sendo algo ruim. Ninguém diz que crescemos, amadurecemos, aprendemos com esses pequeninos tão logo eles apareçam. Que saímos da nossa posição de criança mimada para a de quem deverá ser referência. Certo mesmo seria se antes deles chegarem já nos preparássemos. E não digo finaceiramente. Os pais devem preparar-se para serem exemplo, serem segurança e serem conforto. Afinal de contas, um filho é para toda a vida e a quem eles irão recorrer num momento de aperreio? À babá? À professora? Não! Aos pais. É na infância que se determina toda a vida. As impressões recebidas na infância nunca se apagam. Por isso a responsabilidade dos adultos é imensa. Preparar-se é ter pensamentos, sentimentos e atitude. É fazer os pais compreenderem que não devem trazer crianças ao mundo para satisfazerem seus instintos de procriação. É preciso que o pensamento, a alma, o espírito participem nesse ato. Por isso digo que estou nesse movimento contínuo do aprender vivendo. Horas errando, mas sempre tentando acertar. Despida de qualquer preconceito. Tentando reinventar o mundo moderno oblíquo aos valores materialistas. É só deixar nosso lado primitivo exceder ao cultural. Afinal, somos mamífer@s!

Um comentário:

  1. Tudo muito interessante!! Parabéns!! Ah, adorei o DVD de 1 ano!! Beijos p vc e Rudá!!

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